Bär McKinnon conta que umas das suas contribuições ao Mr. Bungle eram ideias que tinha e que Mike Patton terminava como se fossem suas, transformando-as em vocais que encaixavam perfeitamente nas músicas. Isso pode ser considerado até uma falta de consideração de Mike Patton pelos colegas, mas também mostra o nível de afinidade entre os membros da banda e o talento absurdo do vocalista, mas antes de tudo faz pensar na qualidade musical de McKinnon: quem conhece os vocais de Mike Patton para o Mr. Bungle, em especial na fase final, sabe quantas melodias incríveis estão neles, e esse cara era um dos responsáveis por isso.
Ao contrário dos seus antigos companheiros, Bär McKinnon não é tão prolífico, mas trabalha incansavelmente nas suas músicas: o até há pouco único álbum (também intitulado Umlaut) é uma joia e este também é. Ele puxa para aquela vertente do álbum California, relativamente complexo e divertido, com uma infinidade de sons (não só estilos: uma infinidade de barulhinhos e um instrumental excelente, com uma grande produção).
Os heróis da divulgação da música alternativa de fato do The Holy Filament publicaram um resenha bem mais completa e séria quando o álbum saiu, em agosto desse ano. Confira aqui. O Flavio Seixlack também escreveu uma muito boa no Suppaduppa.
Você pode comprá-lo no site do selo Romero Records e ajudar uma das bandas mais legais da atualidade, que infelizmente cancelou há pouco tempo uma tour pela América do Sul. Quem sabe um dia eles tenham suporte suficiente e apareçam por esses lados.